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Vocesa - Grupo Abril
May 2023, Júlia Moura
Tchau unicórnios, agora é a vez das startups camelos
A alta de juros global pôs fim ao fenômeno das empresas que atingiam valor de mercado de US$ 1 bilhão mesmo dando prejuízo. Hoje, a aposta é nas resilientes, como camelos: entenda o que elas fazem de diferente e como isso muda o surgimento de negócios inovadores no mundo.
A seleção natural bateu à porta das startups. Até bem pouco tempo, quem triunfava neste mercado eram os unicórnios, aquelas novatas capazes de crescer de maneira exponencial até alcançarem valor de mercado de US$ 1 bilhão. Só que isso demandava uma quantidade brutal de recursos de investidores, algo hoje tão escasso quanto água no deserto. Não à toa, agora as startups de sucesso são chamadas de camelos.
Elas são resistentes, adaptáveis e, mais importante, não demandam tantos recursos de investidores para sobreviver. No melhor dos mundos, elas geram receitas desde o primeiro dia de operações. O oposto do que ocorreu com as grandes startups do mundo na última década.
Por trás do fenômeno que irrigou as empresas inovadoras estavam os juros ridiculamente baixos nos países ricos. Desde a crise de 2008, os EUA conviveram com “Selic” perto de zero, enquanto a Zona do Euro e o Japão passaram anos a fio com juros negativos. Era dinheiro de graça. Por outro lado, fazer essa grana render sem risco era ainda mais difícil. Aí que investidores topavam qualquer negócio.
Source: Vocesa - Grupo Abril
