TTR In The Press

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enero 2017, Rodrigo Ventura de Oliveira

Investir em venture capital é estimular a inovação

Mesmo em um período economicamente difícil no Brasil, o venture capital cresceu no país em 2016. De acordo com o relatório da TTR, Merrill Corporation, Tozzini Freire Advogados e Lexis Nexis, de janeiro a novembro do ano passado, foram 140 transações envolvendo fundos de venture capital, um número 7,6% maior que o registrado no mesmo período de 2015. Dessas transações, 97 tiveram o valor divulgado e movimentaram R$ 1,98 bilhão - um significativo aumento de 77% em relação ao ano anterior.

Investir em venture capital significa investir em boas ideias, em geração de empregos para mão de obra qualificada e, especialmente, em inovação. Isso porque a modalidade pode ser explicada como o investimento feito por profissionais, investidores de longo prazo, que injetam recursos financeiros em troca de participação societária em pequenas empresas privadas, com alto potencial de crescimento. Ele se tornou, ao longo dos anos, uma opção legítima de financiamento para empresas, especialmente às classificadas como nascentes e inovadoras. 

Mesmo tendo um alto potencial de crescimento, as empresas nascentes inovadoras possuem poucos ativos tangíveis e operam em mercados emergentes que mudam rapidamente. Por isso são consideradas um investimento de alto risco para bancos comerciais, que dificilmente emprestarão dinheiro a negócios nesse estágio e com esse perfil. Já as organizações de venture capital financiam esses projetos pelo alto potencial de retorno. 

O fundo de investimento vira sócio da companhia investida ao comprar ações, mas investidores profissionais têm consciência de que o sucesso da empresa depende dos fundadores. Dessa forma, mesmo após duas ou três rodadas de investimento, as participações não costumam ultrapassar os 30%. Assim o investidor tem uma participação relevante, necessária para que ele tenha retorno sobre o capital investido, mas quem fundou a empresa permanece no controle.

Apesar de seu escopo envolver empresas nascentes e emergentes, o setor de venture capital ajudou a criar cases como a Apple, Intel, FedEx, Microsoft, Sun Microsystems e Compaq Computer. Cada uma dessas companhias recebeu aporte de fundos de venture capital no início de seu desenvolvimento e, posteriormente, tornaram-se empresas de capital aberto. Eu aposto que se essa modalidade de investimento continuar a crescer no Brasil, aliada ao estímulo ao empreendedorismo a partir de incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos e centros de inovação, também em expansão, poderemos em breve contar com um grande número de empresas inovadoras bem-sucedidas, gerando receita, empregando e alavancando a economia do país


Source: administradores.com - Brasil 


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