O ChatGPT, um programa de inteligência artificial, atingiu os 100 milhões de utilizadores em dois meses e tem atraído a atenção de legisladores dos Estados Unidos, segundo a “Reuters”.

O programa foi criado pela OpenAI, uma empresa privada apoiada pela Microsoft Corp, e disponibilizado ao público gratuitamente. A sua presença no espaço virtual tem suscitado dúvidas relativamente a disseminação desinformação, ao mesmo tempo que docentes temem que o programa seja usada pelos alunos em trabalhos.

Do lado da empresa, a OpenAI disse, em comunicado, que não quer “que o ChatGPT seja usado para desinformar nas escolas ou em qualquer outro lugar” e garantiu que já está a desenvolver formas “para ajudar qualquer pessoa a identificar o texto gerado por esse sistema”.

O deputado Ted Lieu, democrata no Comité de Ciência da Câmara dos Representantes, admitiu, num recente artigo de opinião no “New York Times”, que estava entusiasmado com a Inteligência Artificial (IA) e as “maneiras incríveis com que continuar a avançar na sociedade”, mas também “assustado com a IA que não é controlada nem regulamentada”.

Sobre o ChatGPT, Lieu considerou que o Congresso devia focar-se na IA “para garantir que o desenvolvimento e a implementação ​​sejam feitos de maneira segura, ética e que respeite os direitos e a privacidade de todos os americanos”.

Por sua vez, Andrew Burt, sócio-gerente do BNH.AI, um escritório de advocacia focado na responsabilidade da IA, apontou para as preocupações de segurança nacional, acrescentando que conversou com legisladores que estão a estudar a possibilidade de regulamentar o ChatGPT.

 

Source: O Jornal Económico - Portugal